domingo, 27 de março de 2011

Entre nós dois.


Existe a história que eu vou contar, existe a história que aconteceu e a que ambos vimos, vivemos, sentimos.Existe o que vem depois dela e os sorrisos e nos causaram, ou não, felicidades instantâneas e por um conjunto de segundos felicidades eternas. Existe a minha história. E existe a história dele. E hoje, hoje eu vim lhe falar sobre esses sorrisos que pintam e bordam dentro de mim, porém...vim também escrever em letras quase invisíveis sobre o pequeno vazio que borra de preto cada sonho, cada amor. Hoje eu vou falar apenas de mim, a parte feminina da relação que ainda fingimos manter a distância.
Como falar de algo passado se sua existência não perdurou ou resistiu de fato a meros detalhes banais e tão pequenos que o vento carregou como meros grãos de pólen? Nunca se sabe como explicar cada lado e talvez nem haja um acordo, pois cada um apenas aponta onde o outro errou, apenas enxerga o que deixou de fazer ou que se fez depois... As palavras se foram, os sorrisos se apagaram restaram textos que podem dizer algo a quem lê, mas tão pouco a quem escreve...
As palavras, de mim, saem assim...leves mas carregadas de insinuações, palavras prontas para mudar tudo, como se ainda pudesse consertar o que foi escrito por nós dois ou como diz você, profetizado por Cassandra. E eu insisto em te permitir viver dentro de mim, em te  dar a voz, logo essas palavras que eu nunca soube bem se era pra mim ou outro alguém. E o todo que hoje não passa de meros deslumbres de um passado que pra nós dois talvez nem tenha validade como algo real se dissipa em meio ao vão. Detalhes pequenos demais para serem vistos por olhos tão desatentos como os teus.
Limitar-se a ver o que está perto? Nunca foi o que eu decidi para mim, para nós ( se é que existiu de fato ) e nem para o que quer que seja, sempre olhar além, talvez por ser criança e sonhar demais, ou simplesmente por não saber ser pelo meio e entregar-se apenas a quem faz real questão de seguir. É engraçado resumir alguns fatos e histórias por pontos de vista, cada qual verá o seu lado, e o do outro? E o do todo? De nada vale?
O que passou talvez não pelo modo como se deu ao precipício, mas realmente foi algo que valeu, “voltar atrás” não seria a frase a utilizar, mas nunca foi uma opção por onde não seguir...

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