terça-feira, 16 de novembro de 2010

Bons ventos

Pra ser poesia, eu iria pedir emprestado um pouco da sinceridade do teu olhar junto com a essência de um sorriso qualquer, menos o seu. Pra ser dito com pura clareza eu teria que desatar um laço lindo que como era de esperar se desfez, tenho apenas o no na garganta agora. A magia acaba quando o circo fecha, quem não sabe?  sendo normal eu vou, como de costume, tentar da forma mais clara jogar as minhas palavras ao vento, transformar em palavra todo e qualquer tipo de sentimento. Eu vejo com tanta clareza quanto você sem os óculos, que não sabe quem eu sou e que não fala a minha língua, e isso nem de longe é uma ameaça. Eu sinto nascer trilhões de gestos para esclarecer, - desde de um quase sorriso ate o mais inocente abraço que aprendi a dar, a forma como eu consigo entender. Pra falar na tua língua, imagine três caminhos, dois somos nos e no fim chegaremos no mesmo lugar, ainda que não seja num arco-íris, e o terceiro, esse você conhece muito bem e sabe melhor que eu que nunca te levou a lugar algum.
Fragmento de objetos que nunca vi contam uma história de um futuro que virá, não sei se para o bem, mas me admiro com cada detalhe de esferas lapidadas com tal perfeição, é algo que simplesmente chama a minha atenção e toca profundamente algo guardado a milhões de chaves no peito,  sem palavras, apenas os movimentos calorosos e perfeitos do que me faz escolher entre estradas. Talvez isso, apenas isso tenha me feito ficar, talvez a facilidade com que as suas palavras tem em se encaixar e enfeitar um caminho deserto tenha me prendido a atenção. Mas não me permito ficar e observar o futuro que espelha o teu olhar, cansei de encontrar teus olhos a procura do que não são capazes de enxergar. E mesmo cansada da vaga esperança aqui permaneço, as vezes em silêncio não me reconheço, mas mesmo assim sigo o caminho, chego a pensar se é o real, o certo ou apenas um deslumbre, mas são tão inebriantes os momentos vividos que a vaga esperança é tomada pelo que sinto.
Não me arrependo de nada o que fiz ou do que venha a fazer, apenas deixo que as boas lembranças permaneçam e que com os ventos as má memórias se esqueça.

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